Dia da Espiga
O Dia da Espiga é celebrado em Portugal na Quinta-feira da Ascensão, que ocorre 40 dias após a Páscoa. A tradição remonta a tempos antigos e está associada à celebração da fertilidade da terra, da prosperidade e da abundância.
Neste dia, é costume as pessoas saírem para o campo e colherem um ramo da espiga, que inclui:
- Espigas de trigo – representam o pão e a abundância.
- Papoilas – simbolizam o amor e a vida.
- Malmequeres – significam riqueza e prosperidade.
- Raminhos de oliveira – representam a paz.
- Alecrim – associado à saúde e força.
- Videira – simboliza o vinho e a alegria.
Segundo a tradição, o ramo deve ser colocado atrás da porta de entrada e só deve ser substituído no ano seguinte, garantindo sorte e prosperidade para o lar.
Em algumas regiões, o Dia da Espiga era considerado um dos dias mais sagrados do ano, e acreditava-se que ao meio-dia tudo parava: as águas dos rios deixavam de correr, o pão não levedava e as folhas das árvores se cruzavam.
A celebração tem raízes tanto pagãs quanto cristãs, estando ligada às antigas festividades da deusa Flora, que marcavam a chegada da primavera, e à Ascensão de Cristo, comemorada pela Igreja Católica.
Alguns Concelhos portugueses mantiveram-no como feriado municipal como é o caso de Mafra e de Alcanena, Alenquer, Almeirim, Alter do Chão, Alvito, Anadia, Ansião, Arraiolos, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Beja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Estremoz, Golegã, Loulé, Marinha Grande, Mealhada, Melgaço, Monchique, Mortágua, Oliveira do Bairro, Quarteira, Salvaterra de Magos, Santa Comba Dão, Sobral de Monte Agraço, Torres Novas, Vidigueira, Vila Franca de Xira.
